no som da calma
balanças a ovelha que trazes sólida no badalo
nas ceroulas da véspera
vestes o ritmo marcado do bater do pó nos passos
grande mundo é este mundo de caminhos
chegas com um olhar de menina no briho da voz
corres corres voltas a correr sem tréguas
e demoras a dizer adeus
existes em ti
naquele outro que espreita
no som da alegria saido do frio que te passa nas orelhas
no olhar ao horizonte que se anuncia
bonito como um burro num campo
choras em cada sorriso
das coisas que fazes sem querer
das batatas que apanhas
nos sorrisos que semeias para o feno que aí vem
e choras